EPILEPSIA II DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da epilepsia é clínico, ou seja, não se apóia exclusivamente em exames físicos.
O neurologista baseia-se na descrição do que acontece com o paciente antes, durante e depois de uma crise.
Se o paciente não lembra, as pessoas que acompanharam o episódio são testemunhas úteis.
Além dos exames neurológicos de rotina, um eletrencefalograma (EEG) pode reforçar o diagnóstico, ajudar na classificação da epilepsia e investigar a existência de uma lesão cerebral.
No EEG, eletrodos fixados no couro cabeludo registram e amplificam a atividade cerebral.
Não há passagem de corrente elétrica. Hiperpnéia e foto estimulação podem mostrar anomalias nas ondas cerebrais e, por isso, costumam integrar o exame.
Na primeira, o paciente respira fundo e simula estar cansado; na segunda, é estimulado por algumas freqüências de luz.
O neurologista poderá solicitar, ainda, o exame durante o sono, com privação de sono ou com monitoramento 24h.
Entretanto, um resultado normal no EEG não descarta a epilepsia.
As alterações ocorrem, por vezes, tão no interior do cérebro, que não são captadas; é possível também que nenhuma alteração tenha ocorrido no momento do exame.
Outros exames comumente solicitados na investigação da epilepsia são tomografia computadorizada e ressonância magnética, principalmente para verificar se a epilepsia está ligada a um tumor ou a outra lesão cerebral.